Nesta pintura vibrante, o cortiço se revela como um microcosmo da sociedade brasileira do século XIX. A construção em tons de terra e madeira rústica contrasta com o céu azul intenso, simbolizando a dura realidade da vida no cortiço em contraste com a esperança de dias melhores.
A obra busca recriar a realidade dos agrupamentos humanos sujeitos à influência da raça, do meio e do momento histórico. O predomínio dos instintos no comportamento do indivíduo, a força da sensualidade da mulher mestiça, o meio como fator determinante do comportamento são algumas das teses naturalistas defendidas pelo autor ao lado de denúncias sociais. O protagonista do romance é o próprio cortiço, onde se acotovelam lavadeiras, trabalhadores de pedreira, malandros e viúvas pobres.
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